Número de Bancários que Cometem Suicídio Aumenta e Preocupa Defensores da Categoria
Certamente é alta a quantidade de pessoas que pensam ou um dia pensaram em trabalhar num banco. A informação que chega à maioria é de que bancos são ótimos lugares para se trabalhar. Muitos dizem coisas como: “Quem não quer trabalhar seis horas por dia, ficar final de semana em casa, ganhar comissão pelas vendas, além de receber salário fixo, muitos benefícios, etc.?” Pensando assim, realmente parece ser um privilégio, já que a maioria dos brasileiros trabalha oito horas por dia e muitos até mesmo nos fins de semana. Todavia, por trás disso, há uma realidade bem diferente, que poucos conhecem.
Uma pesquisa da UnB, com informações colhidas do Ministério da Saúde, revelou a preocupante média de 1 (um) bancário cometendo suicídio a cada 20 (vinte) dias. “Eu quis verificar se um fator social – as pressões no ambiente de trabalho – poderia contribuir para desencadear transtornos mentais de tal gravidade que as pessoas perdiam a vontade de viver”, explica Marcelo Finazzi, mestre em Administração pela UnB e autor da dissertação Patologia da Solidão: o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho.
Este número é alarmante para os que, como a Basile Advogados, se importam não só com os bancários como profissionais, mas principalmente como pessoas. E esta é a razão da divulgação desta notícia.
Ainda que a profissão já tenha sido muito valorizada, infelizmente, na atualidade, a maioria das instituições bancárias não têm oferecido um ambiente de trabalho que proporcione boa qualidade física e mental a seus empregados, o que faz com que inúmeras situações desagradáveis ocorram e contribuam para a estatística citada. Vejamos algumas delas: péssimas condições no trabalho, pressão para cumprimento de metas abusivas, falta de funcionários para a realização das tarefas impostas pelo banco, assédio moral, ameaças de demissão, etc.
Situações como essas são as principais causas do altíssimo número de bancários que ficam doentes por conta do trabalho. Muitos adquirem doenças físicas, como LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) ou hipertensão arterial, já outros passam a enfrentar graves problemas psicológicos ou psiquiátricos, tendo que utilizar remédios controlados continuamente (mais conhecidos como “tarja preta”). E em algumas situações, como já vimos várias vezes em casos de bancários e ex-bancários que atendemos no escritório, a mesma pessoa possui os dois problemas, tanto o físico quanto o psicológico.
Para o autor do estudo, esse cenário indica a necessidade de humanização das relações de trabalho. “Falta o cumprimento da legislação trabalhista, metas de produção condizentes com a capacidade física e psicológica dos funcionários, assim como o treinamento dos gestores para lidar com os conflitos. O suicídio tem sido o desfecho trágico de muitos trabalhadores que sucumbem às violências do trabalho”, conclui.
Antes de qualquer coisa, a Basile Advogados valoriza a vida e luta, por meio da Justiça Trabalhista, todos os dias, para que todos os Direitos dos trabalhadores bancários e financiários sejam respeitados e, consequentemente, para que essa estatística deixe de apontar um número tão preocupante, especificamente na categoria dos bancários. Acreditamos na Justiça e na valorização da qualidade de vida dos trabalhadores, sejam eles nossos clientes ou não.
Firmes neste propósito, ressaltamos que se você tem alguma dúvida sobre seus direitos e sobre como a Justiça pode lhe ajudar (ou mesmo se conhece algum bancário ou ex-bancário que precise de ajuda), querendo falar conosco, pode Solicitar Nossa Ligação ou Enviar-nos uma Mensagem pelo Facebook.
Você será orientado por advogados especializados em defender bancários e todas as suas dúvidas serão esclarecidas.
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