01/02/2022

Movimento sindical cobra de banco, horas extras pelo trabalho no sábado 22

O movimento sindical enviou ofício ao Santander cobrando o pagamento de horas extras aos bancários que trabalharam no sábado 22 de janeiro, por conta do lançamento da campanha “Desendivida”. A se propõe ajudar milhares de clientes que já estão sem crédito ou prestes a negativarem, num momento em que mais de 14 milhões de pessoas estão desempregadas e sem perspectivas de retornarem ao mercado de trabalho. Na ação, o banco abriu as suas 3 mil agências, em todo o Brasil, das 10h às 14h. O banco alega que a inadimplência está alta e numa crescente, o que tem levado muitos clientes a serem negativados, e, por conta disto, ficarem sem crédito no mercado, num momento crítico de desemprego agravado pela crise econômica e sanitária no país. A iniciativa foi anunciada no domingo 16, durante o programa Fantástico, da Rede Globo, pegando trabalhadores de surpresa. Houve unicamente uma conversa telefônica, por meio da qual foi informada a decisão, que já havia sido tomada pela direção do banco.

No ofício, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), citou como o chamamento para o trabalho nesta data se deu “à revelia do Movimento Sindical e também dos próprios funcionários, que demonstraram muita indignação com esta convocação, num sábado, em meio a uma pandemia agravada por um surto de gripe”. Também aborda como os bancários não trabalham aos sábados, em face da legislação trabalhista e da Convenção Coletiva de Trabalho, que versam sobre jornada. Aborda, também, como todo o trabalho deve ser remunerado, e não compensado como proposto pela instituição bancária. A reinvindicação, por fim, é que onde houve trabalho seja feito o pagamento de horas extras, bem como o crédito em conta correspondente ao Vale Refeição do dia. Além disto, ao longo da pandemia, o Santander tem exposto bancários ao trabalho presencial, protocolos frágeis contra covid-19 e intensificado a terceirização que, na prática, significa retirada de direitos. Caso o pedido seja negado, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região ingressará com ação judicial cobrando as horas extras.

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