Bancários querem que bancos aumentem segurança sanitária
Diante do aumento de casos de covid-19 e influenza, o Comando Nacional dos Bancários cobrou que os bancos mantenham os protocolos de segurança sanitária para garantir a saúde da categoria e reduzir a propagação do vírus e suas variantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou cinco variantes de preocupação do vírus no país, além de outras sete cepas sob vigilância. Algumas das variantes são, por ordem cronológica de identificação: Alfa, altamente transmissível e já detectada e mais de 80 países; Beta, ligada ao “espace imunológico” e suspeita de ajudar as outras variáveis a serem mais contagiosas; Gama, que pode escapar das respostas imunológicas naturais e induzidas pelas vacinas; Delta, que nos últimos meses se tornou rapidamente dominante em muitos países, sendo a responsável por mais de 80% dos casos recém-diagnosticados nos Estados Unidos; Ômicron, identificada a partir de novembro de 2020; e Mu, já relatada em 40 países, a partir de janeiro de 2021.
Já a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, sendo de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente. A sua variante atual é a H3N2 e, pelos sintomas muito similares aos da covid-19, pode facilmente causar erros diagnósticos. O seu período de incubação varia de um e quatro dias, e os sinais e sintomas da doença são variáveis, como por exemplo: febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar, quadro que também pode ser desenvolvido com a Covid-19, além de outras viroses respiratórias.
Em mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a partir dos riscos consequentes da propagação das duas doenças, os representantes dos trabalhadores também reivindicaram a suspensão de visitas a clientes neste momento de alta dos contágios, a volta do controle das entradas em agências bancárias etc. A coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, lembrou que o movimento sindical bancário já havia destacado aos bancos, anteriormente, a necessidade da manutenção da segurança quando fosse retomada as atividades. “Mas, neste momento que a Covid-19 está se espalhando, tanto nas capitais quanto no interior dos estados, de uma forma muito rápida, e junto com ela a gripe H3N2, os bancos retomaram as atividades e flexibilizaram os protocolos sem considerar este cenário, o que prejudica a segurança da categoria, dos clientes e de toda a população. Os bancários com sintomas de gripe, ou de Covid-19 precisam ser afastados e a agência tem que ser sanitizada, essa é a regra! Além disso, tem de fazer testes em quem está com sintoma e nos seus colegas de trabalho”, reforçou.
A Fenaban reunirá os bancos para analisar as demandas apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários e dará a resposta para representação dos trabalhadores. Uma nova reunião para tratar do assunto está prevista para ocorrer na semana que vem. Além disso, cada comissão específica de trabalhadores deve se reunir e buscar negociação com os respectivos bancos. Algumas das demandas dos trabalhadores são: sanitização das agências e unidades administrativas com casos confirmados; afastamentos de bancários com casos confirmados e suspeitos até que o resultado do teste; testagem dos bancários; exigência do passaporte da vacina dos clientes; distribuição de máscaras adequadas (PFF2/N95) para os funcionários; protocolo unificado; retomada do teletrabalho em home office; controle de acesso de clientes; redução do horário de atendimento para reduzir tempo de exposição; garantia álcool-gel nas agências e departamentos; manutenção de marcação do distanciamento; suspensão de visitas a clientes, pelo menos neste momento de alta de casos de infecção; melhorar o atendimento da telemedicina; compromisso com a não-demissão; e, por fim, antecipação da vacinação contra a gripe.